Criação de um Mundo
"O conteúdo a seguir se trata de um livro elaborado por textos sob ponto de vista de personagens fictícios que deve ser considerado apenas como uma mitologia sem registros reais, como elementos de narrativa onisciente neutra, com discursos indiretos, podendo coincidir fatos e nomes, sem quaisquer intenções."
O Princípio
Não se sabe precisamente quando tudo se iniciou, mas até onde os estudos antigos chegaram, havia somente o vazio e o nada, em sincronia, quando surgiu algo energético vagando entre os dois. Essa forma inexplicável conseguiu então obter o que chamam de Poder da Criação, tornando-se uma entidade suprema definida como Iknus, o protodeus.
Iknus, vagando pelo espaço indefinido, começou a criar vários conteúdos extraordinários e dentre eles havia um de grande destaque, como a primeira fonte de iluminação chamada Sol. Esta fonte de imensa massa de calor e luz começou a transformar o espaço à sua volta, além de criar algo inverso à sua função: a escuridão fria. Com isso, Iknus moldou o Conceito do Equilíbrio onde cada criação poderia ter sua oposição. Dentro de tal ideia, criou-se no espaço uma esfera maciça próxima do Sol, chamada planeta, onde um dos lados permanecia muito quente e o outro se mantinha gelado. Vendo isso, Iknus, para regular estas ações, coloca tal planeta girando, dando o equilíbrio perfeito e assim observando aquilo, ele resolveu realizar mais criações parecidas, deixando aquele planeta vagando em torno do Sol.
Com várias ideias de criação para se realizar, Iknus decide naquele momento moldar a partir de sua própria energia, uma pequena porção de si mesmo que viria ser o seu primeiro filho, chamado Morkaf. Assim, Iknus já estava ali prevendo que criaria mais filhos e que iria determinar que cada um poderia ter uma pequena parte do Poder de Criação para que pudessem auxiliar em suas obras, mesmo que alguns deles pudessem depois ignorar tais poderes e seguir apenas o Conceito de Causalidade que estaria para surgir.
Mana
A partir do momento que Morkaf entendeu o que estava acontecendo e observando tudo em sua volta, se prontifica ali a estudar o que já fora criado, porém ele volta a atenção àquele primeiro planeta moldado de seu pai e assim, propõe alterações que levou Iknus a informá-lo que tal planeta se tornará especial e que Morkaf poderia decidir seu poder de criação para transformá-lo em algo diferente daquilo que estava construído até o momento.
Após muitas análises, Morkaf resolve emanar uma energia de sua entidade para tal planeta que a chamou de Mana, um conteúdo místico que poderia trazer formas de transformação ao planeta, mas que precisaria ser moldado como uma substância mágica, trazendo assim a estrutura dos Elementos Mágicos. Seus primeiros elementos foram baseados no Sol, criando assim o elemento Luz, que na qual ele sempre estaria associando-o à presença de seu pai. O segundo elemento seria o Ar, que era associado ao movimento do planeta e o terceiro elemento Fogo que traria o aquecimento de forma mais branda que o Sol. Porém, esses elementos tiveram que possuir seus equivalentes opostos devido às transformações que estariam causando e Morkaf viu que poderiam surgir inúmeras atividades usando os conceitos do equilíbrio e causalidade sobre eles.
Morkaf, disposto a equilibrar as criações, gera mais 3 elementos: Trevas que foi associada à escuridão oposta da luz; Terra, que trouxe formas sólidas que colidiam com o movimento do ar; e Água que trouxe o resfriamento e formas líquidas ao planeta. Apesar da grande quantidade de forças elementais usarem Mana, futuramente iriam surgir forças mágicas que poderiam utilizar apenas a Mana neutra, onde não haveria uso de um elemento em si, mas sim uma ação psíquica ou dimensional, como no caso de poderes telepáticos ou de telecinese.
Parabenizando seu filho pelo trabalho, Iknus o deixou moldando aquele planeta enquanto o mesmo estudava todas as alterações. Então, Iknus resolveu ceder mais uma parte de si, gerando uma filha chamada Cadria e mantendo o firmamento da criação de filhos, Iknus a coloca ao lado de seu irmão para que ela despertasse seu poder de criação.
Iknus sente, naquele momento, que precisaria recuperar parte de sua energia, deixando os dois como responsáveis daquele planeta enquanto adormece por um momento até que volte para criar a próxima geração de filhos, e por esse acontecimento os arcanos sempre referenciam Cadria e Morkaf como os filhos mais velhos de Iknus, mesmo que para os deuses a idade é algo irrelevante.
Natureza
Observando o trabalho de seu irmão, Cadria se vê fascinada com as cores e formas que o planeta criava, misturando os elementos e colocando-os em atividade. Porém ela achava muito invariável o planeta, mas com ajuda de Morkaf ambos definiram ali o que viria ser a biologia do planeta. Pegando as interações dos elementos de seu irmão, tais como mar, montanhas e nuvens, Cadria passa a focar em criar coisas vivas para interagir com tais elementos para assim definir a divisão de fauna e flora.
Cadria ali começa a criar conteúdos naturais como florestas, vegetação, minerais e moldando alguns pontos naturais com seu irmão, eles definem o conceito de clima, dia e noite, para que o planeta tivesse vários ciclos de interatividade. A partir dessas definições, Cadria então cria os seres vivos naturais, que viriam a ser os animais de modo geral, para que o planeta por fim se tornasse mais vivo e belo.
Como Iknus ainda não havia voltado de seu sono, muitas transformações no planeta foram surgindo, variedades de animais foram criadas em várias regiões e adequações dos mesmo aos elementos e climas, pois os irmãos estavam constantemente interagindo com suas obras e estruturando os primeiros biomas completos, participando ativamente de cada transformação e redefinindo alguns detalhes, porém o poder de criação deles já estaria cada vez mais limitado.
Consciência
Iknus então acordou de seu profundo sono e antes de retomar às outras criações que pretendia fazer, resolveu observar o que aconteceu ao planeta que seus filhos haviam mudado e os parabenizam pelas criações. Nesse momento, Cadria ao mostrar os ciclos do dia, menciona a solidão que os animais tinham à noite na total escuridão e assim Iknus cria um grande ponto luminoso chamado Lua que posteriormente traria várias funções no planeta, além de influenciar na evolução de alguns desses animais.
Olhando novamente a natureza de Cadria e os componentes mágicos de Morkaf, Iknus cede mais uma parte de si e cria sua próxima filha chamada Satrien, que logo foi recebida pelos seus irmãos e rapidamente se encantou com os feitos dos mesmos.
Satrien apesar de admirar os animais, não estava gostando de vê-los apenas fazendo atividades repetitivas e já designadas a cada espécie, então Iknus propôs a ela que seria bom induzir alguns animais a fazerem atividades além das que sua irmã Cadria havia deixado definidas. Assim, Satrien foca em interagir com determinadas criaturas para dar-lhes sabedoria, vivacidade e assim diferenciando-as dos outros animais, criando ali o conceito de Raças: grupos de espécies específicas que conseguiriam desenvolver variedades de organização, diálogo, escrita e conjuntos de atributos físicos hereditários, mas descartando particularidades voltadas à etnia, assim o tom de pele seria apenas uma variação regional de cada raça.
Iknus percebe que tanto Satrien quanto os demais filhos queriam mais interatividade com os seres vivos e passa a deixar qualquer um deles moldar um avatar para melhor intervir no planeta. Assim, Satrien foi cada vez mais moldando seu poder voltado à consciência e aprendizado, fazendo com que determinados grupos de seres racionais fossem entendendo que não precisavam seguir totalmente seus instintos e que consequentemente chegariam ao conceito de organização racial que ela tanto esperava.
Cadria havia desenvolvido toda a estrutura de estímulos animais, procriação e dominância das espécies, porém ocorriam muitas ações violentas de tais instintos ou até mesmo dos atos conscientes dos seres vivos, o que muitas vezes fazia Satrien não concordar com isso e então decide moldar o conceito de pacificação e sociedade para os seres que foram desenvolvendo mais consciência, o que chamou atenção de Iknus, mas sem este intervir nas discussões das duas filhas.
Guerras
Satrien decidiu portar de seu avatar para vagar pelo planeta, onde nesse momento Iknus cedia mais duas partes de sua energia para gerar dois filhos de menor poder aos anteriores, um se chamando Ralgor e outro se chamando Heltrius que já se prontificaram a observar o planeta magnífico que seus irmãos estavam exercendo influência. Por um momento, Iknus resolveu se afastar e se dedicar a outras criações no universo que os arcanos chamam de estrelas, as criações de Iknus que nunca conseguiram alcançar.
Heltrius passou a ficar mais isolado dos demais lendo os estudos de seu grande irmão Morkaf, pois se sentia inferior por ter menos poder de criação, enquanto Ralgor vagava juntamente com Satrien procurando criar atrito de ideias por ainda não ter obtido poder algum.
Ralgor, que não se conformava em haver paz entre as raças, resolveu estimular as mesmas a terem ambição e criatividade para definir posses de territórios e dominação entre sociedades, porém suas irmãs Cadria e Satrien discordavam muitas vezes, levando Ralgor a se enfurecer e selecionar certas espécies para lhes dar mais coragem e força bruta, fazendo com que muitas das raças entrassem em conflito e assim iniciando às primeiras guerras.
Satisfeito em obter tal poder voltado para combates, Ralgor passa a ter brigas constantes com sua irmã Satrien que se mantinha sempre pacificadora, porém a outra irmã, Cadria, passou a mudar de ideia e apoiar algumas das atitudes do irmão, já que os animais começaram a ter mais interatividade e se tornaram mais interessantes no conceito de equilíbrio entre criação e destruição. Naquele momento, Cadria decidiu aperfeiçoar a ideia de instinto animal, onde um impulso interior de suas criaturas os fariam agir de maneira inconsciente para provocar atos adequados à sobrevivência e garantir a procriação de espécies mais vulneráveis que as outras, além da evolução das formas de se defender, já que algumas criaturas se aproveitaram do poder recebido de Ralgor para se tornarem ameaças territoriais.
A partir daquelas mudanças, algumas espécies passaram a se organizar mais em sociedades, algumas em bandos e outras se mantiveram selvagens ou nômades. Iknus nada fez sobre tal assunto, deixando-os assim livres para se entenderem, porém passa a limitar os avatares de seus filhos quanto à aproximação presencial ao planeta, o que reforçaria o conceito de firmamento, para que os seres vivos conscientes possam buscar os deuses de formas variadas e não o contrário. Assim, tais seres teriam que se organizar para interagir com os deuses para que os grupos conscientes de seres vivos tivessem o livre arbítrio de seguir um determinado deus e destino.
Morte
Morkaf se manteve neutro a respeito de Ralgor durante todo o tempo, mas Heltrius logo após terminar seus estudos resolveu observar todos os conflitos que aconteciam no planeta que causavam inúmeras mortes e muitos dos seres conscientes que morriam estavam gerando uma certa energia, que Iknus deu o nome de alma, onde as mesmas ficavam vagando sem destino e outras sem condenação por seus atos. Com isso, Heltrius decidiu juntá-las para estudar, criando um espaço atemporal onde poderia ficar interagindo com elas entendendo as ações de cada uma.
Iknus ao voltar de seus trabalhos externos, viu tudo que aconteceu e todos os filhos se reuniram para discutir seus propósitos. Assim, Iknus então explicou a função que cada um se tornou para aquele planeta, explicou o conceito de Bem, Mal e Tempo e assim determinou que todos eles ficassem responsáveis por tais criações.
Heltrius então se aproximou de Iknus e mostrou a ele a ideia de criar uma dimensão paralela para conduzir as almas daqueles seres mortos que possuíam consciência. Então Iknus achou interessante aquilo, mesmo que os demais irmãos de Heltrius não estivessem de acordo e então criou um lugar para os mortos onde Heltrius pudesse decidir o que faria com tais almas, determinando que todo ser vivo consciente teria um julgamento em sua morte. Ali naquele momento Heltrius começou a montar então divisões em seu mundo paralelo e se dispôs a estudar mais sobre o Tempo e como ele viria a ser algo tão precioso a muitos seres vivos.
Iknus informou que dentro dos conceitos de Bem e Mal, haviam muitas ações dos seres vivos que o deixavam feliz e outras muito tristes, assim Heltrius com seus estudos questionava cada ação com seu pai para entender o que melhor poderia fazer diante disso e assim em seu submundo, que o chamou de Dimensão dos Mortos, criou a designação das almas entre castigo e descanso.
Em tal separação, Heltruis definiu, junto a seu pai, que todo ser vivo que não possuísse alma, como no caso dos animais de Cadria que agiam apenas por instinto, teriam ações ignoradas e esses transformados em matéria para o planeta. Já os que possuíam almas deveriam esperar seu julgamento por suas ações, já que a consciência obtida em vida fazia com que o planeta tivesse consequências de cada ato.
Se as almas possuíssem ações boas, ou arrependimentos, eram contempladas com descanso eterno na Sala de Iknus, mas haveria também a possibilidade de poderem ser privilegiadas com a ressurreição se tivessem bastante determinação, uma aprovação de Heltrius ou que por métodos mágicos, retomassem a energia vital.
Uma vez que a alma tenha conseguido o descanso eterno, sua consciência ficaria guardada para estudos celestiais, como viria a acontecer com alguns grandes heróis históricos. Já para as almas que possuíssem ações perversas ou que não passassem pela aprovação de Heltrius, eram encaminhadas à um local obscuro chamado de Abismo, que posteriormente o deus dos mortos faria a gestão das almas condenadas, a fim de puni-las ou dar à elas a chance de se arrependerem dos atos para conseguirem ser libertados.
Caos
Após acompanhar a obra de seu filho que se afastou dos demais irmãos em um submundo, Iknus retornou aos demais e moldou uma pequena parte de si criando um novo filho, chamado Evilorg. Rapidamente este aprende os propósitos de cada irmão e tendo menos poder, não se interessou em buscar um dom de criação para si, mas sim um poder de distorcer todos os conceitos celestiais e se dedicar a trazer o caos e discórdia ao planeta. Iknus naquele momento se sente fraco e percebendo que aquele filho traria desordem no futuro, se sente triste, mas não desfaz de nada criado, nem impede o que estaria por vir.
Evilorg passou então a intensificar seu dom com Caos e por meio de mentiras, sugestões e artifícios, começou a implantar pequenas alterações nas criações de seus irmãos. Assim, se dirigiu à Morkaf onde conseguiu influenciar seu irmão a criar magias caóticas de grande destruição, depois à Cadria que conseguiu convencê-la a permitir junções de raças, seres e animais, criando então criaturas que poderiam existir apenas para trazer algo ruim, como os Goblins que seriam criaturas medonhas sem muita organização, os Trolls, Ciclopes, Ogros e posteriormente inspirações que levaria Cadria a criar outras misturas diferenciadas como os Centauros, Minotauros, Nagahs e Draconatos. Mesmo que algumas dessas não possuíssem orientação maligna, Evilorg já ficou satisfeito de ver as variações que tais raças conseguiram atingir.
Dirigindo-se à sua irmã Satrien, Evilorg não conseguiu alterar seu comportamento pacífico e sábio, o que a levou a se afastar para conversar com Iknus sobre o atual poder de seu irmão caótico. Naquele momento Evilorg planejou distorcer vários planos de guerra de Ralgor e o ajudou a criar vários momentos de destruição no planeta. Por fim, Evilorg vai ao submundo de Heltrius com finalidade de atrapalhar sua dimensão, mas como o mesmo ignorava suas inspirações insanas, Evilorg decidiu que ficaria tentando influenciar as almas condenadas no Abismo, instigando-as a fugir, burlar regras do zelador ou talvez persuadir os clérigos a fazer atos obscuros.
Caelus
Iknus então retornou com Satrien e reuniu todos os filhos novamente, determinando que os seres racionais daquele planeta precisariam ter noção que dali pra frente teriam que escolher entre o bem, o mal e quais deuses estariam influenciando seus destinos. Assim, Satrien, entregou tal conhecimento aos mais sábios de cada raça e Iknus naquele momento nomeia o planeta de Caelus, orientando seus filhos a representarem um “céu” diferente para que as raças pudessem seguir e se destinar.
Após definir os conceitos restantes que queria para tal planeta, Iknus deixou seus filhos interagindo com Caelus e seus habitantes dentro de certas conformidades, mantendo breves contatos com representantes celestiais de seu nome, evitando alterar as ações que o planeta teria por vários anos e mesmo que já estivesse definido o conceito de equilíbrio, Iknus estaria muitas vezes conversando com sua filha Satrien, devido ao seu zelo pela justiça, verdade e por estar sempre tentando reparar os danos do rebelde Evilorg, tornando-se a filha preferida do Deus Maior.
Iknus após realizar várias criações universais sempre repousava próximo ao Sol para admirar toda a sinergia e organização que o espaço-tempo estava se transformando e algumas vezes decidia visitar seu magnífico planeta Caelus, ajustando ações com seus servos celestiais por meio de feitos abençoados, auxiliando tais ajudantes em correções dimensionais, suporte ao Abismo de Heltrius ou apoiando jornadas de criaturas portadores de Espírito Aventureiro.
Em pouco tempo o planeta se tornou algo ainda mais extraordinário e cheio de variações interessantes aos deuses, muitos conceitos foram formados pelos próprios habitantes do planeta, novas criaturas foram surgindo, novas formas de organização e cada vez mais o termo Aventura se tornava forte e o conceito de Destino se molda para os seres vivos.
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